Protocolos de Tomografia Computadorizada (TC) de baixa dose, usando filtro de estanho como ferramenta de diagnóstico, puderam identificar com precisão a aspiração de corpo estranho (FBA) em crianças – comparado com os métodos radiográficos convencionais – reduzindo a dose de radiação e evitando a broncoscopia.

Este foi o relato da Dra. Lena Gordon Murkes, do Karolinska Institutet, da Suécia, em sua palestra no Congresso Anual de Radiologia da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA). Ela diz que as radiografias de tórax ou fluoroscopia, e até ambos, podem ser usados no diagnóstico de FBA em crianças pequenas; porém, esses métodos convencionais de imagem não são totalmente precisos.

De acordo com a especialista, a TC, por outro lado, é altamente precisa, mas tem a possibilidade de expor a criança afetada a uma alta dose de radiação. “Entretanto, com um filtro de estanho, conseguimos minimizar a dose para que seja menor do que uma combinação de raios X e fluoroscopia”, explicou.

A doutora e seus colegas realizaram uma revisão retrospectiva comparando o desempenho do diagnóstico e doses efetivas dos métodos radiográficos convencionais (fluoroscopia e radiografia simples), com TC de baixa dose usando um filtro de estanho. No total, 136 crianças foram avaliadas, sendo 75 submetidas a exame com métodos radiográficos convencionais, e o restante com TC.

Por fim, foi determinado que os exames tomográficos de baixa dose resultaram em doses efetivas bem menores em comparação aos métodos radiográficos convencionais.

*Reportagem do DAILY BULLETIN, em 3 de dezembro de 2019