O Grupo de Estudos de Proteção Radiológica da Sociedade Paulista de Radiologia (SPR) de abril foi realizado no dia 4, com o tema “Dosimetria em Tempo Real em Radiologia Intervencionista”, conduzido pela física Divanizia Souza, doutora em Tecnologia Nuclear.

A apresentação foi iniciada com uma breve explicação sobre o motivo dos procedimentos intervencionistas guiados fluoroscopicamente serem mais arriscados do que o Radiodiagnóstico Convencional, por exporem os pacientes a doses mais altas de radiação.

O médico e sua equipe também ficam expostos – isso acontece principalmente por conta das características e geometria do aparelho, complexidade do procedimento, características físicas do paciente e tempo de execução do exame. Sendo assim, a dose acumulada ao longo da carreira pode ser substancial.

Para evitar danos, é importante avaliar o risco decorrente da exposição à radiação e verificar as condições de proteção radiológica implementadas nos serviços, possibilitando a comparação entre instituições.

Os riscos biológicos na Radiologia Intervencionista podem ser estocásticos e ter reações tissulares. O primeiro é alterações celulares, como câncer, e o segundo é evidenciado acima de uma limiar de dose, dependendo do tipo de radiação e do tecido irradiado.

Dosimetria em Tempo Real para minimizar os riscos 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Comissão Internacional de Proteção Radiológica, é importante avaliar os riscos da radiação, a eficácia e o comprometimento com as técnicas de redução de dose. Para isso, existem cinco pontos importantes para serem analisados:

Além disso, a Dosimetria em Tempo Real também deve estar disponível para que os riscos sejam minimizados. Esse método é feito a partir de sistemas desenvolvidos com o propósito de fornecer mapeamento da dose na pele em tempo real.

Ele realiza cálculo e distribuição da dose, levando em consideração a variação dos parâmetros geométricos e de irradiação do equipamento, bem como os fatores de atenuação e espalhamento produzidos pela mesa/colchão de exames.

A importância desse tipo de Dosimetria é a conscientização sobre Proteção Radiológica, contribuição para a diminuição de suas doses. Com isso, é possível visualizar a dose equivalente em tempo real e, assim, manter uma distância razoável da fonte de radiação, e ajustar o posicionamento com menos exposição à radiação sem alterar seu desempenho no procedimento intervencionista.

Para assistir à apresentação completa, acesse o YouTube da Sociedade Paulista de Radiologia.