DRL: por que e como começar?

Posted on: 2021-11-18

O Grupo de Estudos de Proteção Radiológica da Sociedade Paulista de Radiologia (SPR) foi realizado em 8 de novembro, sobre o tema “DRL: por que e como começar?”. A apresentação foi conduzida pelas físicas Isabella Paziam Fernandes Nunes e Julliana Cristina de Oliveira Castro.

DRL é o nível de referência em diagnóstico e foi introduzido pela Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP) que, desde 1990, fala sobre o assunto e estipula o que deve ser de conhecimento dos médicos radiologistas. Abaixo, o que foi apresentado em cada ano:

  • 1990 – ICRP 60: Recomendações de otimização usando restrições de dose ou níveis de investigação;
  • 1996 – ICRP 73: Conceitos de níveis de referência expandidos, introdução do termo DRL;
  • 2007 – ICRP 103: Apresentação de conceitos com maiores detalhes;
  • 2013 – ICRP 135: Termos da DRL – nível de investigação, grandeza de DRL, valor de DRL e processo para estabelecer DRL;
  • 2021 – ICRP 147: Grandezas mais adequadas à proteção radiológica – dose absorvida x dose equivalente ou efetiva.

Como pode ser verificado na ICRP 135, DRL não é o próprio limite da dose, mas sim um conceito que utiliza como referência um grupo de características semelhantes e o valor comum para determinados procedimentos. Seu objetivo é identificar valores de grandezas de DRL abaixo ou acima, injustificadamente. Mesmo assim, a qualidade dos exames continua sendo o mais importante nesse processo; ou seja, não se pode limitar o valor da dose sacrificando uma boa imagem.

A DRL na proteção radiológica

Estabelecer a DRL é importante para fortalecer a proteção radiológica com os pacientes. A EuroSafe Imaging Call for Action, iniciativa realizada em 2018, criou a Bonn Call for Action que destaca 10 ações essenciais para o fortalecimento da proteção radiológica até 2022. São elas:

  1. Melhorar a implementação do princípio da justificação;
  2. Melhorar a implementação do princípio de otimização da proteção e segurança;
  3. Fortalecer o papel dos fabricantes em contribuir para o regime geral da segurança;
  4. Fortalecer a educação em proteção radiológica e o treinamento de profissionais da saúde;
  5. Moldar e promover uma agenda de pesquisa estratégica para proteção radiológica contra radiação na medicina;
  6. Aumentar a disponibilidade de melhores informações globais sobre exposições médicas e ocupacionais na medicina;
  7. Melhorar a prevenção de incidentes e acidentes de radiação médica;
  8. Reforçar a cultura de segurança da radiação nos cuidados de saúde;
  9. Promover um melhor diálogo de benefício-risco de radiação;
  10. Fortalecer a implementação dos requisitos de segurança globalmente.

Para introduzir a DRL no serviço, são necessários quatro pontos: estabelecer (de acordo com as características da instituição), comparar (valores locais e/ou nacionais), ações corretivas (valores injustificados acima ou abaixo dos níveis de referência) e revisar (periodicamente e considerar restabelecimento) – todos funcionam como um ciclo. Abaixo, um esquema que demostram os passos necessários:

Já os pontos mais importantes da apresentação e que resumem a relevância da DRL são:

"Promote through education safe diagnostic imaging in Latin America with emphasis on radiological protection"

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