Presidente do Latin Safe explora destaques do RSNA 2019

Posted on: 2019-12-20

Na última reunião de 2019 do Grupo de Estudos de Proteção Radiológica, organizado pela SPR em São Paulo, Dr. Hilton Muniz Leão Filho, presidente da iniciativa Latin Safe, fez um balanço de temas relacionados apresentados no RSNA 2019.

Durante o congresso, houve uma reunião do Colégio Interamericano de Radiologia (CIR) com entidades da região. “Ficou ali definido que o Latin Safe é extremamente importante para nossa área e que precisamos da ajuda e apoio de todos para manter a iniciativa; precisamos continuar ajudando a iniciativa, e isso foi colocado para todos os membros do CIR. Hoje, o Latin Safe está no guarda-chuva do CIR”, explicou.

O Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) também se comprometeu a ajudar a iniciativa: “Neste ano, ele criou o Comitê de Radioproteção, em que físicos, radiologistas, médicos nucleares, tecnólogos, técnicos e outros profissionais que participam têm tomado medidas para ajudar a avaliar a proteção radiológica, principalmente para termos dados de máquinas, médias de dose de radiação e etc.”, disse Dr. Hilton.

O Latin Safe também foi representada em outra reunião, organizada pelo Comitê Internacional de Radioproteção, presidido pelo Dr. Donald Frusch, chair do Image Gently, e organizada em parceria com Dr. Guy Frija. Na ocasião, estiveram presentes iniciativas de proteção de todos os continentes.

Dentre os temas discutidos em palestras, Dr. Hilton deu destaque ao novo relatório do Conselho Nacional de Proteção e Medições de Radiação (NCRP – sigla em inglês); o último tinha sido lançado em 2009. “É extremamente importante para nós; ele mostra que houve redução relevante de dose de radiação, de 15 a 20%, em pacientes; em medicina nuclear, esse índice chegou a 50%. Já na tomografia, houve redução apesar do aumento do número de exames realizados, o que mostra um impacto claro das campanhas e iniciativas. Mahadevappa Mahesh, que apresentou o relatório, disse que serão apresentados resumos desse relatório no jornal Radiology”, explicou Dr. Hilton.

Dentre as várias palestras a que assistiu, disse que percebeu foco na técnica de reconstrução interativa de imagem usando métodos de Inteligência Artificial (IA). “Vi resultados impressionantes de técnicas comercialmente disponíveis”, finalizou.

QIBA deve gerar mudança de paradigmas

O físico Dr. Renato Dimenstein também deu seu parecer sobre o evento. Ele pontuou que, hoje, a IA é segmentada; sendo que seus algoritmos são direcionados para tórax, ou cardio, ou mama, mas não há uma solução global. “Basicamente, o que tem para físicos é entender como implementar redução de dose via ruído através de função iterativa e usar esses algoritmos para tentar manter uma relação de ruído satisfatória”, afirmou.

Ele acredita que há um potencial gigantesco de atuação, e que nos próximos cinco anos haverá um crescimento em QIBA – Quantitative Imaging Biomarkers Alliance.

“Você pode determinar a textura e dizer qual será o estadiamento. Isso vai provocar uma mudança de paradigma – o QIBA é uma forma de analisar, de quantificar as imagens. O processo de atuação do físico, biomédico, tecnólogo terá que ter questões de processamento, as pessoas terão que saber usar as ferramentas de construção, análise e reconstrução. Isso é um campo inesgotável de atividade”, explicou.

Pontuou, ainda, a possibilidade de se estabelecer um convênio entre a Associação Brasileira e a Americana de Física Médica, o que abrirá, assim, a chance de bolsas para físicos do Brasil irem aos Estados Unidos.

Dr. Dimenstein lembrou dos eventos que estão por vir, para que todos se agendem:

  • JPR 2020 em maio – em abril/maio, em São Paulo. Terá módulos sobre como instalar equipamentos, registrar e fazer testes, física de ressonância, como implementar reconstrução interativa e sessão de hemodinâmica e vascular;
  • Congresso Brasileiro de Física Médica – em agosto, em João Pessoa;
  • Congresso Mundial de Física Médica – em Vancouver;
  • Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear – em setembro, em São Paulo.

"Promote through education safe diagnostic imaging in Latin America with emphasis on radiological protection"

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